O que é tarifa bancária e como reduzir custos em operações corporativas

No cenário corporativo atual, contar com serviços bancários eficientes é fundamental para o dia a dia dos negócios. Porém, cada transação ou serviço utilizado vem acompanhado de uma tarifa embutida, que representa um custo a mais para a empresa. Essas tarifas bancárias incluem cobranças por manutenção de conta, transferências, emissão de boletos, entre outros serviços, e podem se acumular silenciosamente ao longo do tempo.

Não raramente, esses gastos passam despercebidos ou são vistos como “o preço a se pagar” pelos serviços bancários – até que se soma o total anual e fica evidente o impacto significativo que representam nas despesas da empresa. Para muitas organizações – especialmente de pequeno e médio porte –, o peso dessas taxas no orçamento é considerável e afeta diretamente a rentabilidade e o fluxo de caixa do negócio.

O que é tarifa bancária?

Tarifas bancárias são valores cobrados pelos bancos em troca dos serviços prestados aos clientes, funcionando como uma forma de custear as operações realizadas. Ou seja, sempre que uma empresa utiliza um serviço bancário – seja abrir uma conta, emitir um cartão, fazer um saque, depositar dinheiro ou transferir fundos – há potencialmente uma taxa envolvida para remunerar esse serviço.

Essas cobranças são regulamentadas pelo Banco Central do Brasil, que define quais tarifas podem ser aplicadas e determina critérios de transparência na divulgação dessas informações aos consumidores. Entre as tarifas mais comuns estão a taxa de manutenção de conta (cobrada mensalmente pela conta corrente empresarial), tarifas por transferências eletrônicas (como TED ou DOC, embora o Pix tenha reduzido bastante esse custo nas transações do dia a dia), cobrança por emissão de boletos bancários para clientes, segunda via de cartões e extratos impressos, além de tarifas sobre saques além de um limite gratuito.

No caso de pessoas jurídicas, esses valores tendem a ser ainda mais elevados ou frequentes, já que empresas costumam usar vários serviços bancários diariamente (por exemplo, emitir dezenas de boletos ou efetuar diversos pagamentos), o que pode elevar substancialmente o gasto mensal com tarifas.

Para atender essa demanda, os bancos oferecem pacotes de serviços para empresas: um valor fixo mensal que dá direito a um determinado número de transações “gratuitas”. Se a empresa excede as quantidades incluídas, passa a pagar tarifas avulsas por cada operação extra; por outro lado, se utiliza bem menos do que o pacote prevê, acaba pagando por serviços que não são aproveitados – em ambos os casos ocorre desperdício de recursos financeiros.

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Impacto das tarifas bancárias nas operações corporativas

Mesmo para empresas de maior porte, despesas bancárias mal administradas acabam consumindo recursos preciosos que poderiam ser aplicados no negócio. Tarifas aparentemente pequenas, quando somadas ao longo de um mês ou de um ano inteiro, podem impactar significativamente o orçamento da empresa e reduzir suas margens de lucro.

Pequenas e médias empresas sentem esse efeito de forma ainda mais intensa, pois qualquer economia faz diferença no fluxo de caixa. Por exemplo, se um negócio emite 200 boletos de cobrança por mês com uma tarifa de R$ 2 por boleto, estará gastando R$ 400 mensais (quase R$ 5 mil em um ano) apenas com esse serviço.

Esse montante, se poupado, poderia reforçar o capital de giro ou ser investido em áreas estratégicas da empresa. Deixar de negociar ou otimizar esses custos, portanto, significa aceitar uma redução direta nos resultados financeiros, sem nenhuma contrapartida produtiva para o negócio – custos que muitas vezes se revelam ainda maiores do que se imagina quando analisados em detalhe nos extratos bancários de vários meses.

Por outro lado, ao dedicar atenção à gestão dessas tarifas, a empresa pode reverter esse quadro: conforme destaca uma publicação especializada, “negociar essas tarifas reduz despesas, melhora o fluxo de caixa e permite direcionar recursos para investimentos estratégicos”. Em outras palavras, cada real economizado em taxas bancárias é um real a mais disponível para investir em crescimento, inovação ou outras prioridades corporativas.

Além disso, reduzir custos bancários também torna a empresa mais competitiva, pois diminui suas despesas operacionais gerais e melhora sua eficiência financeira no mercado. Vale lembrar que, diferentemente das pessoas físicas (que possuem por lei um pacote de serviços bancários essenciais gratuitos), as empresas não contam com gratuidades obrigatórias.

Como reduzir custos com tarifas bancárias nas operações corporativas

Negociação e otimização dos serviços bancários

Para diminuir os gastos bancários, o primeiro passo é adotar uma postura ativa de negociação com a instituição financeira, ajustando os serviços contratados às reais necessidades do negócio. Comece pesquisando e comparando as tarifas praticadas por diferentes bancos para cada serviço relevante (manutenção de conta, transferências, emissão de boletos, etc.), pois isso lhe dará base para argumentar em busca de condições melhores.

Em paralelo, avalie detalhadamente o uso que sua empresa faz dos serviços bancários: examine os extratos dos últimos meses e identifique quais tarifas pesam mais – por exemplo, quantos TEDs ou boletos são emitidos mensalmente – e quais serviços do pacote atual são pouco utilizados. Com essas informações em mãos, procure seu gerente e apresente uma proposta de ajuste: elimine serviços desnecessários do pacote e peça descontos ou isenção nas tarifas dos serviços que você utiliza com maior frequência.

Bancos muitas vezes concedem reduções de taxa para reter bons clientes empresariais, sobretudo se perceberem benefícios na parceria de longo prazo. Mostrar o volume de transações do seu negócio (como o número de boletos pagos por mês ou o montante mensal movimentado) ajuda a justificar pedidos de condições especiais, já que deixa claro quanto sua empresa gera de movimentação financeira para o banco.

Além disso, lembre-se de que a negociação não é um evento único – é recomendável revisar periodicamente o contrato e as tarifas acordadas. A cada ano, ou sempre que houver mudanças significativas no perfil financeiro da empresa, agende uma conversa para renegociar o pacote, especialmente se identificar novas ofertas mais vantajosas no mercado ou alterações nas políticas do banco.

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Adote soluções digitais e contas sem tarifas

A evolução tecnológica no setor financeiro trouxe oportunidades valiosas para reduzir (ou mesmo zerar) as tarifas bancárias das empresas. Uma das estratégias mais eficazes é aproveitar as contas digitais empresariais oferecidas por fintechs e bancos digitais, que costumam isentar a cobrança de mensalidade e oferecer um pacote generoso de transações gratuitas.

Por exemplo, já existem contas corporativas nas quais é possível fazer cerca de 100 transferências e emitir 100 boletos por mês sem nenhum custo – algo impensável nos bancos tradicionais há poucos anos. Além das fintechs, cooperativas de crédito também podem oferecer custos menores para serviços bancários empresariais, sendo uma alternativa interessante dependendo do ramo de atuação da empresa.

Além disso, o advento do Pix no Brasil revolucionou as transferências: esse meio de pagamento instantâneo substituiu boa parte dos TEDs e DOCs, com custo praticamente zero para usuários pessoas físicas e custos muito baixos ou nulos para muitas empresas, tornando as movimentações financeiras diárias muito mais baratas.

Inclusive, o Pix vem se mostrando uma alternativa eficiente também para recebimentos, substituindo muitos boletos tradicionais e evitando a tarifa que seria cobrada para emissão de cada boleto. De modo geral, privilegiar canais eletrônicos é uma decisão inteligente – operações feitas pelo internet banking ou aplicativo normalmente têm tarifas reduzidas ou inexistentes em comparação ao atendimento presencial na agência.

Compreender e gerenciar as tarifas bancárias deixou de ser apenas um detalhe administrativo para se tornar uma parte importante da estratégia financeira das empresas. Reduzir esses gastos é uma forma relativamente simples de aumentar a eficiência do negócio – exige mais negociação do que investimentos, e seus efeitos positivos são sentidos quase imediatamente no caixa.

Por meio de negociações bem conduzidas e da adoção de soluções bancárias inovadoras, é possível enxugar despesas, otimizar o fluxo de caixa e fortalecer a gestão financeira da empresa. Por exemplo, uma pequena empresa que migra para uma conta digital sem taxas e renegocia suas condições bancárias pode economizar centenas ou até milhares de reais por ano – recursos que podem ser reinvestidos na contratação de pessoal, na ampliação de estoque ou em iniciativas de marketing para impulsionar o crescimento.

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